Queremos Paz

Lula diz que torce pela gestão de Trump e que não quer briga com Venezuela

Republicano volta à presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que torce pela nova gestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que espera manter uma boa relação com o país, assim como espera paz com a Venezuela, Rússia, China e Índia.

— Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial, o Trump foi eleito para governar os EUA e eu como presidente do Brasil torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os americanos continuem sendo parceiro histórico do Brasil. nao queremos briga nem com Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a índia e nem com a Rússia. Nós queremos paz, nós queremos harmonia — disse Lula aos seus ministros durante reunião nesta segunda-feira.

 

Donald Trump volta oficialmente à presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira, quando será empossado. A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estarão no evento, além de pelo menos 30 deputados e senadores.

Após dois anos com uma agenda de interesses comuns com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o governo Lula vive momento de incerteza sobre as relações com Trump. Desde que assumiu o terceiro mandato, Lula coopera com os norte-americanos nas áreas de combate ao aquecimento global, transição energética e condições de trabalho. Essas frentes, contudo, são algumas das plataformas mais criticadas pelo republicano.

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Em meio à troca de comando nos EUA, o Brasil ainda tem como desafio manter o equilíbrio ao se relacionar com os países ocidentais e o Brics, grupo que vai presidir ao longo de 2025. Nesse grupo está, por exemplo, a China, foco de tensão com Trump.

Durante as eleições de 2022, Trump chamou Lula de “lunático” e “esquerdista”. Na eleições presidenciais de 2024, Lula declarou apoio à rival do republicano, Kamala Harris. Após a vitória de Trump, o presidente brasileiro o parabenizou e afirmou que espera que ele trabalhe pela paz.

Relação com Venezuela

O Brasil também vive um momento de tensão com a Venezuela, após não reconhecer a posse do ditador Nicolás Maduro no seu terceiro mandato no país. Lula manteve o silêncio sobre mais um mandato do presidente que assumiu sob suspeitas de fraude nas eleições, enquanto vice-presidente, Geraldo Alckmin, e ministros de partidos de centro e centro-direita criticaram.

Ao mesmo tempo, o governo mandou representante para o ato, a embaixadora do Brasil no país, Glivânia Maria de Oliveira. O gesto é tido como protocolar e o suficiente para manter a relação diplomática entre os dois países, mas sem legitimar o governo venezuelano.

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A relação entre os dois países ficou abalada em meio ao processo eleitoral. O estopim foi quando o país ameaçou tornar o assessor especial da presidência da república Celso Amorim “persona non grata”. Desde então, a Venezuela tem tentado colocar panos quentes e promover uma reaproximação. A avaliação agora é que é preciso esperar para ver como será o novo mandato.

No último dia 11, o governo Lula divulgou uma nota em que afirma acompanhar “com grande preocupação” as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo venezuelano. No texto, o Itamaraty também fala em reconhecer “os gestos de distensão pelo governo Maduro” e cita a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas.

Por O Globo

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