Educação Financeira

Aprenda a se livrar das dívidas para um 2025 mais tranquilo

Consumidores devem priorizar investimentos, mesmo com as contas sazonais
Young couple with piggy bank at home

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As contas acumuladas no início do ano podem fazer os brasileiros entrarem em 2025 com aperto no orçamento, sendo necessárias estratégias para não iniciar o ano com dívidas e ainda conseguindo poupar — mesmo que pouco. Para isso, especialistas recomendam um planejamento prévio, incluindo mapeamento de gastos e reserva específicas para as contas sazonais.

De acordo com pesquisa do Serasa, as despesas do início de ano devem fazer os brasileiros gastarem até R$ 4 mil. Por isso, Paulo Cunha, sócio-fundador da iHub Investimentos, explica que algumas estratégias podem melhorar a situação financeira no início de ano, como:

  • Criação de uma poupança anual específica para despesas sazonais;
  • Uso de ferramentas para controle de gastos;
  • Automatização de investimentos;
  • Redução temporária de gastos variáveis.

Além disso, apesar das diversas obrigações, os consumidores devem priorizar investimentos – ainda que pequenos – como “forma de construir um futuro financeiro sólido”. Para os aportes, ativos como Tesouro Selic, CDBs com liquidez diária e fundos DI são, segundo Cunha, opções seguras e de fácil acesso para quem busca manter a liquidez. “O importante é começar, ainda que com valores pequenos. Essa consistência cria o hábito de investir e abre portas para conquistas financeiras maiores no futuro”, diz o especialista.

Evitando apertos no início do ano

A recomendação de Cunha é antecipar as despesas sazonais ao longo dos meses anteriores com planilhas ou aplicativos que ajudam a mapear gastos futuros e criar uma reserva específica para o início do ano. “A reserva de emergência é indispensável. Ela atua como um amortecedor, garantindo que as obrigações sejam cumpridas sem comprometer os objetivos de longo prazo”, pontua.

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E, com os gastos sazonais, também é importante avaliar se é mais vantajoso o pagamento à vista ou parcelado para contas como IPVA e IPTU. O pagamento à vista — com descontos —, caso o orçamento permita, é o mais recomendado. Isso porque o parcelamento pode comprometer a reserva e ter juros, elevando o custo total da dívida.

Vale a pena pedir empréstimo para quitar dívidas?

Para quitar as dívidas, o acesso ao crédito pode ser uma sáida, mas Túlio Matos, sócio fundador da iCred, fintech de empréstimo, explica que é preciso ter controle financeiro para que as dívidas não virem uma bola de neve e a pessoa não perca o controle das contas nos primeiros meses do ano. Além disso, é preciso levar em consideração o juros da operação a ser contratada.

Além disso, o executivo ressalta que é importante que o pagamento do empréstimo seja feito à vista para não comprometer a renda dos salários seguintes. “O empréstimo deve ser solicitado em caso de necessidade, e não de luxo. Rematrículas ou mensalidades de instituição de ensino entram como necessidade para não parar os estudos, mas volto a ressaltar que é importante se planejar para isso não virar rotina todo ano”, pontua.

Nestes casos — para quitar as dívidas — também é possível usar o FGTS, mas com cautela. Para Matos, se um empréstimo for realmente necessário, o ideal é utilizar o saldo do Fundo como garantia, caso o beneficiário não deseje utilizá-lo no curto prazo.

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“Nesse modelo, a instituição financeira reserva uma quantia do seu fundo de garantia. É um dinheiro que você já tem, não precisará gastar em uma nova dívida. Isso pode ajudar a organizar a vida financeira e planejar os meses seguintes”, explica.

 

Além disso, o dinheiro do Saque-Aniversário de janeiro e a antecipação podem servir para os que estão endividados e precisam equilibrar as contas no início do ano.

Famílias estão menos endividadas, mas cartão de crédito continua sendo ‘vilão’

 

A parcela de famílias endividadas e inadimplentes em 2024 em comparação ao mesmo mês de 2023 caiu em São Paulo, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com o levantamento, em dezembro do ano passado 68,2% das famílias apontaram ter dívidas e 19,5% afirmaram ter contas em atraso, queda de 3,2 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2023 — o que significa 124,2 mil lares a menos nessa situação.

O principal tipo de dívida das famílias paulistanas, porém, ainda é o cartão de crédito, representando em dezembro 82,6%. Em janeiro de 2024, esse porcentual era de 85,5%, chegando ao pico de 88,1% em maio, mas voltando a cair na parte final do ano.

Por Valor Econômico

 

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