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Discurso na ONU

Lula manda recados a Trump na ONU, condena ‘falsos patriotas’ e anistia: ‘Democracia é inegociável’

Brasil, representado pelo presidente Lula, é tradicionalmente o responsável pelo discurso de abertura do debate de líderes da agência, que está em sua 80ª edição neste ano
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso, durante a Assembleia Geral da ONU, com recados a Donald Trump. O petista também afirmou que agressão ao judiciário brasileiro é “inaceitável” e condenou “falsos patriotas” e a possibilidade de anistia a quem ataca a democracia.

Ele disse ainda que a democracia e a soberania brasileiras são “inegociáveis”. Veja os principais pontos do pronunciamento:

  • Lula cita caso Bolsonaro e diz que Brasil deu recado com condenação
  • Petista defende regulação das redes sociais
  • ‘Nada justifica genocídio em Gaza’, diz Lula
  • Lula chama atenção para mudanças climáticas e convida países à COP30
  • Presidente defende reforma da ONU e multilateralismo

O Brasil, representado pelo presidente Lula, é tradicionalmente o responsável pelo discurso de abertura do debate de líderes da agência, que está em sua 80ª edição neste ano.

A fala de Lula ocorre no dia seguinte à nova rodada de sanções do governo americano a cidadãos brasileiros como reação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o tarifaço imposto pelos EUA, este é o pior momento das relações entre Brasil e EUA nas últimas décadas.

“Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos pelo seu povo depois de duas décadas de governos ditatoriais”, disse Lula.

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“Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Agressão contra a independência do poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa das antigas hegemonias”, completou o petista.

O petista afirmou ainda que “falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil”. “Não há pacificação com impunidade”, emendou.

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, acrescentou Lula.

Sanções norte-americanas

Sem citar os EUA, Lula abriu o discurso com uma crítica à política externa e tarifária adotada por Trump.

“Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder. Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra”, disse.

“Existe um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia”, acrescentou.

Lula e Trump trocaram críticas frequentes nos últimos meses, em especial desde que os Estados Unidos sobretaxaram em 50% produtos brasileiros, com o argumento de tentar encerrar uma “caça às bruxas” a Bolsonaro.

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Trump tentou, sem sucesso, interferir no julgamento do ex-presidente, condenado a 27 anos e três meses de pena pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

Em seus posicionamentos internos, Lula tem criticado o americano pelo ataque à soberania nacional e, após o julgamento, tem destacado a independência do STF.

O discurso desta terça (23) ocorre no dia seguinte ao anúncio pelo governo Trump da revogação do visto americano do advogado-geral da União, Jorge Messias, e da sanção financeira com a lei Magnitsky a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

Com a sanção, todos os eventuais bens de Viviane nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ela.

O governo americano já havia feito o mesmo com Alexandre de Moraes em julho. Nem o ministro, nem a esposa podem realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA — usando cartões de crédito de bandeira americana, por exemplo.

Por g1

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